ATA DA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO
LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA
LEGISLATURA, EM 23-01-1990.
Aos vinte e três dias do mês
de janeiro de mil novecentos e noventa, reuniu-se, na Sala de Sessões do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Primeira
Sessão Ordinária da Sexta Sessão Legislativa Extraordinária da Décima
Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo Corrêa, Airto Ferronato,
Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio Schauren,
Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke,
Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José
Valdir, José Alvarenga, Lauro Hagemann, Leão Medeiros, Letícia Arruda, Luiz
Braz, Luiz Machado, Mano José, Nelson Castan, Omar Ferri, Valdir Fraga, Vicente
Dutra, Wilson Santos, Vieira da Cunha, Wilton Araújo e Antonio Losada.
Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou que fossem distribuídas em, avulsos cópias das Atas da
Sessão de Instalação, da Primeira, Segunda, Terceira e Quinta Sessões
Extraordinárias e da Ata Declaratória da Quarta Sessão Extraordinária, que
foram aprovadas. A seguir foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em discussão Geral e
Votação Secreta foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
25/89, considerando rejeitado o Veto Total a ele aposto, por vinte e três votos
SIM contra cinco votos NÃO e dois em BRANCO, após ter sido encaminhado à
votação pelos Vereadores Luiz Braz, Vicente Dutra e Clóvis Brum, tendo sido
escrutinadores os Vereadores Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt. Em Discussão
Geral e Votação Secreta esteve o Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº
166/89 que, após ter sido discutidos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Elói
Guimarães, Antonio Hohlfeldt, João Motta, Clóvis Brum, Wilson Santos, José
Alvarenga e Dilamar Machado, teve adiada sua discussão e votação por uma
Sessão, a Requerimento, aprovado, do Ver. João Motta, encaminhando à votação
pelos Vereadores
João Dib, Clóvis Brum, Luiz Braz, Vieira da Cunha, Omar Ferri e João Motta. Em discussão Geral e Votação
Secreta foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 07/89, por trinta e dois
votos SIM. Durante os trabalhos, foram apregoados os Ofícios nºs 65, 68 e 69,
do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que sejam devolvidos ao Executivo,
respectivamente, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 01/90 e os
Projetos de Lei do Executivo nºs 06 e 05/90. Ainda, foi aprovado Requerimento
do Ver. Valdir Fraga, solicitando que o Projeto de Lei do Legislativo nº 07/90
seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação
Final, considerando-a aprovada nesta data. Nada mais havendo a tratar, o Sr.
Presidente declarou encerrados os trabalhos da Sexta Sessão Legislativa
Extraordinária às dezessete horas, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Extraordinária da Câmara Constituinte a ser realizada amanhã, às nove
horas e trinta minutos. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Valdir
Fraga e Secretariados pelos Vereadores Lauro Hagemann e Jaques Machado, este
como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Lauro Hagemann, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada por todos os Senhores
Vereadores presentes.
O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga): Há
“quorum”. Passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOITAÇÃO SECRETA
PROC. Nº 2769/89 – VETO TOTAL AO PROJETO D E LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº
025/89,
de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que dá
nova redação ao inciso II do art. 121 da Lei Complementar nº 133, de 31.12. de dezembro de 1985,
alterada pela Lei Complementar nº 186, de 12.12. de dezembro de 1988.
(Reajuste mensal – servidores municipais.)
Parecer:
- da Comissão Especial. Relatora Verª Letícia Arruda:
pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em
discussão. (Pausa.) Em votação. Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. , eEu vejo que o número de Vereadores
presentes em
Plenário, neste instante, não é um número significativo suficiente para
derrubar o Veto, e
isso me preocupa, porque eu sou favorável ao Projeto do Ver. Leão de Medeiros;
sou contrário ao Veto aoposto pelo Sr. Prefeito Municipal e tenho
aqui alguns números que podem justificar esta minha atitude – aliás, não é
somente minha, é também da nossa Bancada, o Ver. Edi Morelli e este Vereador –
alguns números que talvez sejam novos para este Plenário, pelo menos eu não
ouvi estes números
serem citados no Plenário, mas que podem inclusive orientar a própria votação
do Projeto de aumento do funcionalismo, que o Prefeito
mandou para esta Casa. O ISSQN – eu conversava antes com o Ver. Airto Ferronanto e
posteriormente conversava com o Presidente do Sindicato – o ISSQN representa
mais ou menos 25% da arrecadação do Município. No mês de dezembro, o ISSQN
esteve na casa dos 27 milhões. Neste mês de janeiro, nós temos uma arrecadação
de ISSQN na em cerca de 45 milhões de cruzados. São
números que eu acabo de receber e que podem nos dar uma orientação do que vai
representar o recebimento da Prefeitura neste mês de janeiro. Tem outro número
aqui que é bastante significativo. O ITBI, apenas num dos dias atrás... Eu
tenho o ITBI até o dia 22 de janeiro: foi 12 milhões de cruzados. O ITBI total
do mês de dezembro foi de 9 milhões de cruzados, mas ainda temos oito dias para
completarmos o mês, porque esses dados aqui tem até o dia 22 de janeiro, e só
num desses últimos dias tivemos uma arrecadação do ITBI naem cerca de 4 milhões
de cruzados, só
num dia. No dia 17 rendeu para a Prefeitura 4 milhões de cruzados do
ITBI. Isso sem contar outros impostos significativos para a receita do
Município no mês de janeiro. Exceto, entre esses impostos significativo significativos,o IPTU
que, muito embora represente cerca de 10 a 12% na arrecadação geral, no mês de
janeiro,
e ele tem um comportamento completamente diferente, porque as pessoas
procuram pagar antecipadamente para poderem ganhar as benesses oferecidas pela
legislação... Então, nos meses de janeiro e fevereiro, normalmente temos uma
arrecadação bem maior do IPTU do que
acontece nos outros meses. Só por isso eu diria ao Ssenhores que 158
milhões de cruzados, que disseram que seria a folha de pagamento, estaria em
muito superada pela arrecadação do mês de janeiro. Se não fosse isso
suficiente, uma outra informação que também trago de pessoas que mexem com a
arrecadação, com a folha de pagamento do Município. Esses 158 milhões de
cruzados já inseridos nesses e a antecipação de férias, porque neste mês
muitos funcionários públicos tiram férias e não recebem a antecipação de férias e colocaram nestes 158 milhões de
cruzados, também somadas, as
antecipações de férias. É claro que, se somar tudo. A gente sabe que as
antecipações de férias são devolvidas. Os funcionários recebem isso e nos meses
subseqüentes eles
devolvem isso para o Município. Então, de fato, isso não significa um gasto.
Isso na verdade vai ser reposto, e o Prefeito Municipal, quando fornece os
dados para a imprensa, quando fornece os dados para a Câmara Municipal, ele não
entra nesses detalhes. Por isso mesmo somos amplamente favorável a que se
derrube o Veto aoposto do Sr. Prefeito ao Projeto de Lei do
Ver. Leão de Medeiros,
e até faço uma solicitação neste final de encaminhamento para que os outros
Vereadores que se encontram nos seus gabinetes venham para o Plenário para que
possamos derrubar esse Veto e posteriormente o outro Veto, que será colocado em
votação, que é o
Veto do Projeto do Ver. Mano José, que manda fazer os pagamentos quinzenais.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR.
CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, recebi os avulsos e há um Veto ao
Projeto de Lei Complementar nº 027/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros.
Mas, se não me engano, há um outro. A Mesa poderia me informar qual é? Gostaria,
ainda,
de saber se além desses vetos haverá a votação dos projetos constantes da cConvocação eExtraordinária.
O SR.
PRESIDENTE: São dois Vetos que temos para apreciar, Vereador:
um ao Projeto de Lei Complementar nº 027/89 e o outro é ao Projeto 2840, de
autoria do Ver. Mano José. Quanto aos Pareceres sobre os Projetos, a Assessora
Legislativa já está colhendo as assinaturas dos Vereadores, e, no decorrer da
Sessão poderei prestar-lhe uma informação melhor.
A palavra com o
Ver. Vicente Dutra para encaminhar.
O SR.
VICENTE DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. É muita
incoerência o triste espetáculo a que estamos assistindo, neste Parlamente,
provocado pelo PT. O PT é de uma incoerência a toda a prova e, talvez, a maior contradição
que se possa verificar, embutida nesse Partido, seja, exatamente, uma que não é
diretamente culpa dele, mas, sim, do sistema eleitoral vigente à época da
escolha do prefeito municipal, pois colocamos à maioria à frente do comando da
Cidade e o que vemos é o que aí está. É bom lembrar que o PT se elegeu por 34%
dos votos, o que vale dizer que mais da metade desses votos não foram do PT,
votaram nesta candidatura. Então, o PT deveria se comportar pelo menos
respeitando essa absoluta maioria daqueles que o rejeitaram votando em outras siglas, em outros
partidos.
Lamentavelmente, na ocasião não existia o segundo turno e quem ganhava no primeiro
turno, ainda que com reduzida margem, assumia o comando da Prefeitura.
Nós não podemos deixar de registrar este fato que é altamente elucidativao para entender essa
confusão toda que hoje agita a nossa Cidade. Uma outra contradição nós
verificamos logo no primeiro mês, quando houve aquela greve em todo o Brasil e
nós encontramos o Prefeito Municipal panfleteando em frente ao antigo Banco do
qual é originário:
o Banco do RGSio Grande do Sul. Lá S. Exª não era mais o
chefe do Executivo, que deveria se comportar como tal, mas ainda acostumado ao
gesto de Llíder Ssindical estava panfleteeando em frente
do Banco. Mas isso ele fez das 06 às 9h30min., conforme
registrou a imprensa. Mas ele voltou para o Gabinete e sentou na sua mesa de
trabalho, ligou aqui para a Câmara convidando as lideranças com assento nesta
Casa para que fossem conversar com ele. Eu estava na Casa aquela manhã, era
período de recesso e as lideranças se movimentaram lépidas e faceiras, como diz
o poeta, se dirigindo ao Paço Municipal na certeza de que naquele momento o Sr.
Prefeito Municipal, eimbuído daquele espírito que no
animava alguns minutos antes iria, é claro comunicar as às lideranças que
estaria concedendo aos funcionários municipais também em greve um aumento bem
mais substanciado que aquele que ele estava reivindicando, segundo ele, justamente
para os trabalhadores. Para surpresa das lideranças, o Sr. Prefeito fez uma
apelo dramático às lideranças no sentido de que ajudassem, aqui na Câmara
Municipal, um ajuste bem abaixo daquele percentuais que ele estava
panfleteando, pela CUT, lá no Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Ficou,
claroa, então, a grande
incoerência da Administração Municipal em agir com dois pesos e duas medidas:
na hora da agitação – e isto sabe fazer como ninguém – panfleteiam em favor da
CUT, contra o Banco do Estado, como se o Banco do Estado fosse também entidade
à parte no Brasil e não sofresse as condições, como se o Governo do Estado
tivesse condições de pagar acima daqueles percentuais ao qual o Prefeito não
consegue pagar. As incoerências continuamcontinuam,; o PT arrocha os
salários. Tenho aqui uma tabela que me foi trazida por um companheiro, que no
momento não o vejo no Plenário, em que ele arrola as faixas de 01 a 07. Segundo
a proposta do Prefeito, de 01 a 05 não haverá modificação. Mas mesmo
considerando os 117%, vejam bem: aqui na faixa 1, o que não existe, oitocentos
e quarenta e um e setenta e seis. Faixa 01, do Município. Está aqui o
Presidente do Sindicato, peço que ele me confirme com a cabeça ou não se este
valor está certo. Como é que pode ser oitocentos e quarenta e um se o
salário-mínimo está em torno de um mil e quatrocentos cruzados? Como o Partido
dos Trabalhadores admite um salário desses, como do faixa 01? Como isto não foi
ao menos retificado ao nível do salário-mínimo? éÉ uma grande
incoerência isto isso daí, dizem que começa numa faixa 02, um
mil e quatrocentos e setenta, que é um salário-mínimo. E vejam bem, o pessoal
do Estado não está satisfeito. Temos greve no Estado, pressões de todo o jeito
com o Governador. Faixa 01, 2.388,00. Salário pago aos trabalhadores. Aqui,
como reajuste de 117% ficaria em 1.460,00. O Técnico Científico, se fosse dado o
reajuste de 117% que o Prefeito não quer dar ficaria em torno de 5.724,80. nNo Estado está em torno
de 11.508, 00 e lá também tem greve e não estão satisfeitos. Está lá o
Governador, foi recorrer inclusive a recursos internacionais para poder pagar
melhor os seus funcionários. Eu tenho aqui tantas e outras coisas de
incoerência, mas
acho que já foi relatado pelos companheiros. Só conclamo os meus pares a que rejeitemos de imediato este Veto,
concedendo, no mínimo, o reajuste mensal, como propõe o Ver. Leão de Medeiros.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis Brum.
O SR.
CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Solicita-me o Ver.
Artur Zanella que faça este pronunciamento também em nome do PFL, o que muito
me honra.
Quero dizer
rapidamente que seria interessante, neste momento, que a Liderança do PT
delegasse, ao Ver. José Alvarenga, o pronunciamento sobre a posição de sua
Bancada, porque me parece que se trata de uma conquista salarial, se trata, em
síntese, de uma luta de trabalhadores,
que a CUT tem defendido com toda a veemência e o próprio Partido dos
Trabalhadores a defendeu nas suas campanhas eleitorais. Ainda tenho na retina
os pronunciamentos
do candidato à Presidência da República, em que eu votei – no primeiro turno,
votei em, Ulysses Guimarães, no segundo, votei
no Dep. Lula – e a luta do Dep. Lula, na sua campanha, era exatamente a mensagem
dirigida aos trabalhadores, nas defesa dos seu interesses, e já não era a mesma defesa
dos outros candidatos, mas, rigorosamente, acho que a Bancada do PT marcaria um
tanto
tempo decisivo,
politicamente falando, nesta tarde, se designasse o Ver. José Alvarenga para
encaminhar este Veto. Não pelas discordâncias do Ver. Jose José Alvarenga, pois
acho que não há discordância entre S. Exª e o seu Partido. Há uma oposição clara e coerente. O
que o Ver. José Alvarenga tem defendido aqui na tribuna não é nada contrário à
Bancada do PT. Está tudo exatamente dentro do programa partidário do PT. O Ver.
Alvarenga não inventou nada. Os seus discursos são exatamente dentro do
programa do seu partido. Não tenho nem que felicitar o Ver. José Alvarenga. Ele
está apenas
cumprindo com a sua missão, de levar a diante, nas tribunas do Legislativo, o
seu programa, o programa do Partido dos Trabalhadores. Discurso contrários
nascidos
das hostes do PT,
esses sim que
estão criando alguma
inovação. Quer dizer: ou são divergentes do programa partidário ou são
divergentes das promessas eleitorais e, com isso, nada convergem os interesses
dos trabalhadores da Prefeitura. Ainda bem o Ver. Leão de Medeiros
quando traz a oportunidade para que se faça o reajuste mensal. Aliás tem uma
proposta do Executivo.... O Senhor também não está criando muita coisa, não. V.
Exª me desculpe, mas não está criando muita coisa também, por isso acho que o
PT vota conosco na derrubada deste Veto, porque o PT acabou de enviar o Projeto
que acena para a correção mensal. Bom, agora o PT votar contra esse Veto, aí
sim, eu posso dizer que aquele Projeto que acena com a correção mensal é de
mentirinha, não é sério. Até o presente momento eu não defendo, eu digo, pelo
contrário, que a Bancada do PT vai votar contra o Veto do do Pprefeito porque
colide, se choca frontalmente com as grande lutas e nisto o Ver. José Alvarenga
foi muito feliz ontem com as grandes lutas das Lideranças lideranças tradicionais
do Parido dos Trabalhadores. Dizia o Ver. José Alvarenga, numa de suas belas
tardes de discursos nesta tribuna. Liderança do Partido dos Trabalhadores com
grande promessa. Ele, de vez em quando, diz algumas coisas que não são verdadeiras no sentido
prático da vida, mas promete muito o Ver. José Alvarenga. Quer atribuir ao
Banco do Estado do Rio Grande do Sul o caos da Administração do PT em Porto
Alegre. É uma tentativa de defender a administração do seu partido, mas que não
tem ressonância no mundo econômico, naqueles que entendem da de Administração
Pública.
Mas continuo ainda achando que o Ver. José
Alvarenga teria nesta tarde a grande chance de resgatar a luta do PT e do PT do
Ver. Antonio Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e o Ver.
Antonio Hohlfeldt tem razão hoje. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e
ao Ver. Antonio Hohlfeldt lhes sobram razõoes hoje. Não sou eu quem digoz, é o Vice-Prefeito
Tarso Genro, é o Pprefeito
em exercício hoje quem diz isso, nas suas declarações. Não sou eu
quem estou
está dizendo.
Sobraram razões na luta do Ver. Antonio Hohlfeldt, ontem e sobraram razões
hoje. Por isso, Sr. Presidente, eu vou sentar-me na minha tribuna e aguardar
que a Bancada do Partido dos Trabalhadores marque um ponto positivo noss encaminhamentoss desse Veto,
designando a palavra vitoriosa ao Ver. José Alvarenga para fazer esse
encaminhamento. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não
havendo mais quem queira encaminhar, passaremos à votação do PLCL nº 025/89.
Convido os Srs. Vereadores Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt
para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à
chamada nominal do Srs. Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após
proceder à chamada.) Votaram 30 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCL
nº 025/89 e rejeitado o Veto Total a ele aposto por 23 votos SIM contra , 05 votos NÃO e
02 em BRANCO.
Sobre a mesa, três Ofícios nºs 65,68 e 69/90,
do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que sejam devolvidos ao Executivo Municipal, respectivamente, o PLCE nº 01/90 e os PLEs nºs 06
e 05/90.
Passamos ao próximo Projeto.
PROC. Nº 2840/89 – VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
166/89, de
autoria do Ver. Mano José, que estabelece critérios de antecipação de retribuição pecuniária aos servidores
municipais.
Parecer:
- da Comissão
de Justiça e Redação. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em
discussão. Para discutir, com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, Com a palavra o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós já tivemos a
oportunidade de examinar pela manhã a questão ligada aos salários do
funcionalismo e dizíamos que nas razões que embasaram o Veto deveríamos riscar
a palavra “aumento”. Não se trata de aumento e aumento é quando acresce a
toda a luta do funcionalismo é uma luta para não perder, é diferente da luta
para ganhar. Esta é a luta que trava o funcionalismo para não perder através da
reposição estrita da perda que o funcionalismo têem ao inicio do mês um
salário “X” e quando chega o fim do mês, nós temos que deduzir deste “X” o que
a inflação lhe tomou, a inflação é como se fosse uma mão invisível que retira
do bolso do funcionalismo o correspondente à perda do poder aquisitivo do mês.
Então a luta do funcionalismo é e o Veto que há pouco derrubamos nada mais
representou senão
fazer com que o funcionalismo não perca, não vai ganhar evidentemente, porque
estamos aqui discutindo, correção inflacionária, não ganha, mas pelo menos não
perde. Isso é o mínimo de dignidade que a Administração tem que reconhecer ao
funcionalismo.. Então nada mais são, nada mais justo, nada mais correto
do que a luta do funcionalismo para não perder.
Temos hoje à tarde dois
Projetos do Executivo a examinar: o que encaminha a reposição da inflação
parcial – o que é inaceitável; o outro visa extinguir, ou melhor, incorpora
o DEP ao DMAE. Quero dizer que o Executivo, a Administração não administra a
Cidade sem a concorrência da Câmara Municipal de Porto Alegre. Não temos
dívidas, não vamos aprovar a reposição parcial. Entendemos que reposição, que
já é lei, tem que ser dada integralmente. Não podemos concordar que se
barganhe, que ser negocie, vejam bem, a reposição inflacionária. Não é o
aumento. Poderíamos negociar um aumento ou uma reformulação salarial, mas a
perda substancial dos salários não podemos negociar, não podemos negociar essa
perda que é a enxurrada inflacionária leva a cada e cada
dia. Isso é inegociável.
Mas vejam que estamos,
agora, examinando um Projeto que visa o pagamento quinzenal. É justo esse
Projeto? Sim , é justo, na medida em que a
inflação é diária. Estamos atravessando uma inflação de 2% ao dia. É,
realmente, um saque ao poder aquisitivo do funcionalismo e dos trabalhadores.
Então, repor-se quinzenalmente, é válido. Mas, parece-me,
que isso pode ser discutido numa negociação alta, quando temos dois Projetos do
Executivo a enfrentar: um que extingue o DEP, e outro que trata de uma
reposição na ordem de 75%.
Diante desse quadro, e
antes de votarmos, de rejeitarmos esse Veto, podemos fazer uma negociação com
referência a esse Projeto. Agora, o que não podemos, Sr. Presidente e SrRs. Vereadores, é
abrir mãos
da reposição integral da inflação, e veja que estáa se dá mensalmente,
não é diária, porque o correto, o verdadeiro, seria uma reposição diária, e
todos nós estamos aí habituados a entrar no supermercado, entrar na loja, a ir
no açougue, etc....,
os preços se
modificam diariamente, é diariamente que a maquineta do supermercado reajusta o
preço do arroz, feijão, etc...., e não se dá isso com os salários. E mesmo
pretendendo ao mês o reajuste, a reposição no mês, nós ainda estamos encontrando
resistência de parte da Administração, o que se nos afigura insustentável.
Portanto, ao encaminhar favoravelmente a derrubada do presente Veto que
estabelecer ao pagamento
quinzenal, o que é justo, estamos diante, logo à frente da análise de dois
Projetos, o que propõe reposição salarial que é inflacionária mensalmente num
percentual de 75% e a extinção do DEP, e automaticamente a incorporação ao
DMAE, me parece que isto aí pode ser negociado. Então, fica aqui, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a nossa
manifestação, não de apelo e aqui já sustentou o Ver. Isaac Ainhorn de boa
política de parte do Executivo em retirar imediatamente pelo menos um dos
Projetos que trata do salário do funcionalismo e imediatamente pagar a
reposição, e aí está a questão ligada ao presente Projeto quinzenal, podemos
sentar à mMesa,
as Lideranças, as Bancadas, a Câmara pode sentar à mMesa e fazer uma discussão, porque aí
não se trata de barganhar a inflação, nós não podemos barganhar a inflação.,
nós não podemos pechinchar com a inflação, porque perdida ela não se recompõe.
Então, é negociável sob qualquer aspecto e tem que se dar a
reposição total da inflação a partir desse mês. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com, o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Funcionários funcionários públicos
municipais e, muito especialmente todos os companheiros que atuaram comigo na
SMT, seria muito fácil manter a boca calada, dar o meu voto, que é secreto, me
poupar de algunsm desgaste, não entrar nessa discussão, quem
sabe lá dizer para alguns que votava assim e votar de outra maneira, como é tão
comum. Mas, ao longo de 7 anos, nesta Casa, 6 em que representei sozinho o Partido dos Trabalhadores, na
oposição, jamais fugi de uma posição e, inclusive, tive a dura experiência de,
em 1988, após as eleições, ser vaiado por alguns funcionários que defendiam
alguns interesses, quando eu alertava que a aprovação do que se chamava, então,
plano de carreira, era impagável e geraria situações realmente de calamidade na
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Dentro dessa perspectiva, acho, a tée,
que a Administração, no ano
passado, conseguiu levar o barco com imensa dificuldades, havia uma previsão
inicial de não se pagar a folha em maio, depois se atrasou para agosto e setembro, acabou
passando para novembro e, em dezembro, enfrentamos a primeira greve problema. A
Câmara de Porto Alegre teve uma participação objetiva na tentativa de
encaminhamento de solução, deu um voto de confiança á à Administração Pública
quando, no final do ano passado, aprovou uma reforma tributária, senão no seu
todo, pelo menos num percentual que eu diria, guardadas as proporções da
Bancada de situação, que é absolutamente minoritária nesta Casa, foi,
realmente um voto de confiança, sob todos os aspectos, à Administração. Aprovamos todos os
Projetos, embora alguns deles com algumas modificações bastante significativas
e outros, praticamente na sua forma original.
Portanto, a
Administração tem que dar uma resposta a esta Casa e também a seus
funcionários. Já disse em outras ocasiões e não tenho por que deixar de repetir
hoje, que não adianta nada a Administração pretender aplicar na Cidade. Esta angustia angústia todo o
Administrador tem e eu tenho certeza de que o Ver. João Dib tinha esta anguústia quando Prefeito,
deve ter tido o Pprefeito
Collares e, certamente, tem o Prefeito Olívio Dutra. Cada um com critérios de
que sejam as obras públicas, uns enfatizando uns aspectos, outros enfatizando
outros aspectos, mas todos
querendo deixar a sua marca, as tender àaquelas demandas que a população
apresenta,
, mas de nada adianta fazermos estes investimentos se não tivermos
a máquina da Prefeitura funcionando. E assim como eu dizia por diversas vezes
junto com Vereadores como o Ver. Lauro Hagemann, que está aqui, ainda, na Casa,
como a Verª
Jussara Cony, hoje Deputada, Ver. Ccaio Lustosa, Ver. Flávio Koulon, que
intermediamos tantos movimentos, tantas reivindicações dos Ssrs. Ffuncionários.
Jjá junto ao Prefeito
João Dib e depois junto ao Prefeito Collares, acho que não adianta resolvermos
lá fora os problemas se não conseguirmos resolver os problemas dentro de Casa.
Foi neste sentido e porque eu tinha um compromisso de palavras, de responsabilidade
como um dos Vereadores da situação que negociou a reforma tributária com o Srs.
Vereadores de Ooposição, especialmente conversei inúmeras vezes com
os Vereadores do PDS,
tinha um compromisso com o Ver. Leão de Medeiros em
relação ao projeto anterior. Votei favorável a ele e, por coerência, deveria
votar favorável mais uma vez e, portanto, contra o Veto, o que o fiz com
absoluta tranqüilidade, com absoluto respeito em relação a posição da
Administração e o fiza evidentemente porque acho que no
mínimo, o pagamento mensal é uma
necessidade, neste momento, de todo o funcionalismo. Neste sentido eu gostaria
de fazer um registro, que vale para nós como vale para a imensa maioria dos mMunicípios destes
País, 1.400 e poucos mMunicípios de dimensões
significativas. Não estamos fazendo uma coisa áàs avessas. Enquanto o Governo
Federal mantém a atualização salarial de dois em dois meses, enquanto o Governo
do Estado... E é pena
que não vejo o Ver. Clóvis Brum aqui, que disse ser líder da situação há poucos
minutos e agora não está aqui para ouvir isso. Enquanto o Ver. Clóvis Brum se
preocupa com a nossa Bancada de situação, o Governo do Estado, que é do PMDB,
mantém a atualização bimestral, de dois em dois meses, e estamos cobrando, acho
que cobrando corretamente, a atualização mensal. Apenas quero gizar essa
cobrança que é de justiça, não apenas a Prefeitura de Porto Alegre, mas queria
estender a boa parte dos
municípios brasileiros, mesmo enfrentando uma situação pré-falimentar, mesmo
enfrentando uma falsa reforma tributária que a Constituinte berrou e alardeou,
mas não fez porque se criou pequenos transportes de impostos ou percentuais, de
fato criou muito mais ônus na área da educação, na área da saúde, na área da
polícia, na área de segurança de um modo geral com a municipalização, esse
termo que encobriu repasses do que era do nível federal, do nível estadual para
o nível municipal o que superam supera de em muito os valores, os
percentuais daquilo que evidentemente os municípios ganharam em pequenas passagens,
talvez se comece a melhorar essa situação com este Projeto recém votado dos
repasses do IMCs,
que deve ser semanalmente, mas de qualquer maneira, vejam os Ssenhores, não quero
tratar do assunto apenas Porto Alegre, estamos cobrando, estamos fazendo uma
recuperação mais do que justa dos mMunicípios, a partir de quem menos autonomia tem
na possibilidade de recuperar e de sobreviver.
O Sr. Leão de Medeiros: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Hohlfeldt, no momento em que V. Exª divulga publicamente a sua declaração de
voto ao Veto do projeto mensal e divulga com toda a sua força que foi a favor
do Projeto original fazendo referência expressa a um fato absolutamente
verdadeiro, no meu modesto sentir, V. Exª honra o mandato que tem e honra
também esta Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT:
Obrigado, Vereador. Acho que o meu partido mesmo se nós
eventualmente, hoje neste caso específico, tivermos uma divergência com a
Administração, e acho que o próprio Prefeito entende muito claramente essa posição,
porque a tínhamos deixado muito clara quando da negociação. E temos uma posição muito clara
em torno desse assunto. Mas vejam os senhores funcionários, meus companheiros
de bancada: acho que é importante termos esta reflexão e procuramos os contextualizar
a situação de Porto Alegre num panorama do Rio Grande do Sul, num panorama
brasileiro, porque tenho certeza, e conheço bastante o companheiro Olívio Dutra, há pelo menos dez
anos convivo com o Olívio , lado a lado desde antes da e fundação do PT,
foi pela mão do Olívio, praticamente, que entrei para o Partido dos
Trabalhadores. Sei que deve ter sido muito difícil para ele tomar estas posições. E sei também,
igualmente. e ao
contrário do que pretende projetar o Sr. Isaac Ainhorn, acho que é exatamente o
contrário, quando já se coloca a questão da possibilidade do pagamento mensal
para abril, tão logo se consegue consiga equilibrar a Receita, o que está
colocando com muita clareza e talvez o que tenha faltado aà Administração – e
digo isso não a nível de crítica, maa\ms de um comentário muito tranqüilo,
muito respeitoso. É talvez umo
maior avançola, maior
flexibilidade de uma discussão política dessas questões que estão muito ligadas
umas às outras.
Eu entendo, por exemplo, que, sem dúvida
nenhuma, o Pacote Tributário deverá gerara efeitos, agora,
todos os Vereadores sabem e todos os funcionários sabem que o Pacote Tributário
não faz milagres. Não é em janeiro que ele vai gerar receita imediata, ou seja,
nós continuamos tendo problemas, no primeiro mês em que sabidamente o grosso da
população não a ao faz
o pagamento do seu imposto ou faz de maneira parcial nos últimos dias, em que,
portanto, nós teremos ainda este problema. Acho que este dado é irretorquível,
acho que este dado é muito objetivo e acho que este dado em outro lado explica
o porquê dos Ventos:
O Sr. Adroaldo Corrêa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Antonio Hohlfeldt, estou inscrito e com a condescendência da Mesa, consultando
os demais inscritos, gostaria de ceder-lhe a minha inscrição.
O SR. PRESIDENTE: Os próximos oradores inscritos é são:o Ver. Dilamar
Machado, Ver. João Motta, e Adroaldo Corrêa, que cede o tempo a V. Exª. V.Exª
tem mais dez minutos.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Hohlfeldt, V. Exª diz que no mês de janeiro o Pacote Tributário ainda não
consegue surtir aqueles efeitos que todos nós quando votamos esperamos que
possa a Administração ter mais recursos para pagar o funcionalismo e para fazer
obras. Mas já existem
agora no mês de janeiro alguns reflexos do pacote tributário que nós votamos no
final do ano passado como, por exemplo, a questão do ISSQN, quando aumentamos a
alíquota de 4 para 5%, nós estávamos dando um aumento no ISSQN de 25%.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Se há realmente ouma aumento percentual, ele não chega
a cobrir a despesa já
assumida pelo gGoverno mMunicipal em relação a
empréstimos bancários que de curtíssimo prazo devem ser pagos em janeiro. Quero
dizer que não concordo com os números que estão no quadro apresentado, vou entrar na
discussão na hora em que
entrar o pProjeto para discutir. Acho que os números
não correspondem à realidade ou nsão truncados. De qualquer maneira, ainda que a receita
tenha crescido, é
bom lembrarmos que a municipalidade
fez empréstimo vultoso para
pagar o mês de dezembro e assim mesmo com alguns algum atraso. Então,
neste sentido., Eeu diria que, no mínimo, as coisas
ficam zeradas e
significa fazer novo empréstimo, em janeiro, para poder pagar em fevereiro. Num certo
momento acabaremos criando um círculo vicioso que não permite resolver a
situação. Acho que se poderia tentar entender a proposta que a administração
faz, no sentido de conter a tendência de empréstimos bancários. Isto não pode
ser feito às custa do funcionalismo. Deve haver uma negociação a sério e há que
se chegar a uma alternativa da do tipo da que está sendo proposta que, no mínimo, se apresentem prazos, percentuais
de recuperação e devolução e condições desta devolução. Isto me aprece que é
uma questão básica de respeito ao funcionário. Disto não abro mão, por questão de
coerência dentro do trabalho que tive nesta Casa ao longo destes anos.
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Gostaria
de colaborar com V. Exª na análise que faz, correta, das dificuldades que o
Executivo que tem para cumprir os seus deveres como funcionalismo, detectando
uma falha que existe atualmente na arrecadação do Município e que beneficia
diretamente apenas uma categoria. V. Exª não estava na Casa quando aprovamos a criação do IVVC
e houve uma longa discussão de quem pagaria este imposto. Acabamos nós
Vereadores, derrotados por uma decisão judicial,
que deu cobertura aos garagistas. No entanto, a Lei permite estses mesmos garagistas que recolham de nós,
consumidores, este imposto eé apenas umo depósitoositem nos cofres
públicos 45 dias depois. É evidente que, no processo inflacionário em que
vivemos, nesta ciranda financeira em que o over dá´pa um resultado diário de até 2,5%,
na realidade, nós estamos pagando a e quem esta ganhando com isso é o garagista.
Então, quero sugerir a V. Exª e ao Governo Municipal que encaminhe para esta
Casa um mecanismo que obrigue os garagistas a depositarem o dinheiro arrecadado
no máximo em 7
dias, mas, se possível,
em 48 horas. Eu tenho
a certeza de que, com isto, a Prefeitura irá arrecadar bem mais do que arrecada
atualmente. Quando aprovamos o IVVC, o litro de gasolina custava 42 centavos em
Porto Alegre, um ano de pois custava 12 cruzados e alguns centavos.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ver. Dilamar Machado, vindo esta colocação de V. Exª, na condição
de Líder do PDT, eu só posso acolhêe-la. Acompanhei, de longe, o episódio
jurídico. Comprometo-me, embora não exerça nenhuma função de lLiderança na Bancada, de encaminhar isto por escrito
ao Sr. Prefeito. Não sei se vaemos
aumentar a
arrecadação, mas aumentaremos o poder de compra deste valor arrecadado, na
medida em que ele virá mais cedo. E quero dizer que, se isto depender de l,ei
municipal, entendo, ao acolher
o seu aparte, que,
se enviado na forma de Projeto de Lei do Município, teria ao colhimento
deste Plenário e, neste sentido, seria, portanto, um encaminhamento que nós tentaríamos,
para buscar este dinheiro mais rapidamente. Quero deixar o meu agradecimento a
uma colaboração que não é com a Administração apenas, é com o Município e com o
funcionalismo de um modo geral.
Portanto,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, dizia eu que tinha um compromisso com o
Ver. Leão de Medeiros, muito pessoal, no episódio daquele projeto e tenho uma
visão em relação aos dois pProjetos votados no sentido de que, evidentemente, na realidade financeira de
hoje, precisamos encará-los com objetividade. O primeiro deles, o Veto já se
encontra derrubado, pagamento mensal: segundo, o adiantamento dos 40%. Acho que, por uma questão de
coerência, é evidente, que precisamos encarar issito com
objetividade, já que a própria Câmara Municipal tem essa prática, e não vejo
por que se fazer
diferença no tratamento do funcionário deste Legislativo, com relação ao
restante do Executivo. Entendo, no momento, e era issiso que eu queria colocar à
discussão, independente da decisão final dos Srs. Vereadores, que precisaríamos, e esta discussão deveria ser feita na medida do
possível, s e
houver tempo, dar um prazo um pouco maior ao Executivo para poder colocar em
prática essa medida. Por exemplo, sei que temos um Veto, não podemos emendar
projeto, não sei como se poderia resolver, mas o próprio Ver. Elói lamentava levantava aqui a
possibilidade de negociação, pois essa possibilidade queria manter em aberto,
lá sei eu, se deixássemos firmada uma posição, por exemplo, ao derrubar o veto,
ou adiar a votação, temos um prazo largo para a avaliação do
vVeto, de que manestivéssemos uma discussão no sentido
de que a municipalidade assumiria o compromisso, e dentro de 2 ou 3 meses
assumisse isso claramente, uma negociação de liderança, e teríamos a partir de
março, ou abril, quando a própria Prefeitura diz que estaria equilibrada a sua
receita e despesa, e não teria mais desculpas, mantendo-se, evidentemente, a
garantia do pagamento mensal, que me parece encaminhado, a partir da derrubada
do verto. Ac. aCho que esse
tipo de conversa tem que ser feitoa, não ponho em discussão, até porque, por
incrível que pareça, o Ver,. Dib, já registrava
aqui, embora em outro tom, pela primeira vez, nós, Vereadores,
também tivemos atraso nos
nossos saláa´rios
no finalm
do ano passado. E até com uma posição muito objetiva, muito séria, da Mesa, do
Ver. Valdir Fraga, não ouvi aquela
discursseira politiqueira que poderia ter surgido;, com o que os 33
Vereadores assuimirtam com muita
seriedade a crise, levaram a sério o problema, portanto, passamos pelo desafio.
Temos nesse sentido de discutirmos estas coisas e de estarmos lado a lado com
os funcionários, não apenas no sentido de para eles uma coisa, e para nós,
outra, mas porque nós também tivemos esse episódio, nesse momento, e acho que a
própria Câmara deverá enfrentar, por vezes, alguns problemas nesse sentido.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu queria deixar clara, portanto, a
minha posição, porque não sou de ficar em cima do muro, não sou de me esconder
em relação a votos, mesmo quando secretos, e tenho uma clareza muito grande. Se
tenho absoluta lealdade dopara comm o meu Partido e
para com meu Prefeito, tenho também, responsabilidade, em
primeiro lugar com o funcionalismo que faz a prefeitura funcionar e também em
relação aà própria Cidade e aà oposição que há
seis ou sete anos venho defendendo nesta Casa. Acho que esta coerência não
colocamos fora de uma hora para a outra. Então, tinha um compromisso firmado
com o Ver. Leão de Medeiros dentro da negociação do pacote tributário e tenho,
no meu entendimento, uma possibilidade de inclusive de antecedido pelo Ver. Elói Guimarães pedir a responsabilidade de
todos aqueles setores envolvidos nesta discussão que possamos aprofundá-la neste sentido, de encontrarmos uma alternativa, de não votarmos talvez este Veto hoje, que temos tempo, sempre fica em aberto para a
Câmara a derrubada do Veto mais próximo, ao
prazo fatal sem problema nenhum e tentarmos fazer uma discussão no sentido de viabilizar a aplicação do Ver. Mano José, que
agora é da Câmara porque foi assim aprovado, no sentido de
aprofundarmos a discussão e conseguirmos
chegar a um denominador comum. Que seja bom para o Município, que seja bom para o funcion
ário, e assim sendo me parece que seja bom para a Cidade e Porto Alegre, me parece que é responsabilidade e compromisso de nós
todos, funcionários, Vereadores e a Administração do Executivo. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. João Motta por transposição do tempo do Ver.
Dilamar Machado.
O SR. JOÃO MOTTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estamos há dois dias refletindo e debatendo um tema que preocupa a todos nós: a crise financeira do Município e as dificuldades de encontrarmos
uma saída que compatibilize a garantia dos diretos do funcionalismo público municipal com este
grave quadro financeiro vivido atualmente pelo Município de Porto Alegre, onde no primeiro ano do Governo foi obrigado a
lançar mão de empréstimo para poder cumprir com as suas obrigações, em particular com o próprio funcionalismo. Assim, não existe por parte do Governo, nem por parte da Bancada do
PT, uma simplificação nesse debate. Estamos empenhados e comprometidos em construirmos através do debate e do livre convencimento uma saída, uma alternativa, que não signifique apenas a afirmação estéril de
princípios políticos. Queremos ver, no final do túnel, uma luz para essa
Cidade. Não queremos ver, mais uma vez, de um lado vitoriosos e de outro lado derrotados. Estão em jogo os interesses desta Cidade que
devem ser preocupação de todos nós. Reafirmamos aqui o que vínhamos afirmando: não são automáticos os efeitos da reforma tributária sobre a receita do Município. Há uma intensa discussão a
ser feita sobre isso; reafirmamos aqui a previsão da Secretaria Municipal da
Fazenda em documento
encaminhado à esta Casa pelo Sr. Prefeito em exercício; reafirmamos aqui a
proposta de se criar o controle de finanças com a participação,
inclusive, do Simpa e da Mesa Diretora e o compromisso de tornar pública a evolução da receita.
Para nós está em jogo, não orgulho pessoal do
Prefeito ou da Bancada do PT, mas, sim, o principio da verdade e esta deverá ser transparente e aberta, não só para nós, bem como para toda a Cidade.
Reafirmamos que a saída a ser encontrada neste momento passa pela sensibilização, não só por parte do Governo, mas por parte de
todos aqueles Vereadores, partidos políticos, entidades – como sindicatos, representantes dos mMunicípios de Porto Alegre, no sentido de
viabilizar essa alternativa. É, portanto, com
essa postura, uma postura de quem não vê outra saída a ser construída que não passe
por nós refletirmos em cima dessa idéia inicial que foi materializada através desses Projetos, dessas
propostas, do chamado saneamento financeiro do Município que, em nome da Bancada do PT e do
Governo, neste formalizo que iremos propor para esse Plenário o adiantamento da votação do Projeto que versa
sobre o segundo Veto, em segundo lugar também estamos aqui formalizando em nome da Bancada, em nome do Governo, que
estaremos retirando de Pauta, retirando dessa discussão da cConvocação Extraordinária ora em curso, o Processo nº
0137/90, que autoriza o Executivo a extinguir o Departamento de Esgoto Pluviais na Administração Centralizada e transfere a suas
atribuições para o DMAE. E também estamos formalizando a retirada do PLE 006/90, que fixa o reajuste do funcionalismo municipal com
vigência a partir de 01.01. de janeiro de 1990 de forma diferenciada. Estea é, Sr. Presidente e Srs. Vereadores e prezados
municipários, uma manifestação do Executivo e
da Bancada do PT, mais uma vez de que nós não estamos aqui apenas visando no brilho de um ou de outro, mas nós estamos aqui
comprometidos em ver uma saída alternativa a este quadro, sério, dramático do Município, que compatibilizea
também os direitos dos servidores e também que compatibilize a idéia de que deve ser assumida por
todos nós, qude garantirmos para o ano de 1990 de fato investimentos no serviço público Municipal na Cidade de
Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito é o Ver. Dilamar Machado,
que cede o seu tempo ao Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. A Liderança do
Partido dos Trabalhadores procura nesta tarde a busca da
oportunidade de um diaálogo mais efetivo, mais concreto, envolvendo nesta feita a Casa por assim dizer em torno do problema
salarial dos funcionários Municipais. O Ver. João Motta anunciou, e isso eu gostaria de saber de
S. Exª, se já apresentou à Mesa o
pedido de adiamento de uma Sessão do Veto que está sendo discutido. Se houve esse pedido, queremos dizer que
participamos da busca desse entendimento, até porque havíamos procurado a Liderança do PTB,
falado com o Ver. Wilson Santos, havíamos conversado com o Ver. Adroaldo Corrêa, com a Presidência da Casa, com o Ver. Lauro Hagemann, com o próprio Ver. Dilamar Machado, no sentido que de se oportunizasse
o entendimento entre o Executivo, os seus funcionários, na busca da prestação desses avanços. Há poucos derrubamos o Veto do Executivo
ao Projeto de reposição mensal, de autoria do Ver. Leão de Medeiros. Acho que uma das coisas práticas
que vai ocorrer será, sem dúvidas
alguma, o pagamento dos 117% e a aplicação imediata da lei que deverá, neste
caso ser sancionada pelo Prefeito, pois espero que o Prefeito não abra mão de sancionar essa
Lei, deixando que o pPresidente da Câmara a promulgue dentro de 48 horas, e o façoa tão logo chegue às suas mãos a documentação. Isso vai demonstrar um início de
entendimento, pois se o Prefeito colocar em prática esse Veto derrubado, ou seja, sancionar a Lei do Ver.
Leão de Medeiros, é um bom início de entendimento, além dae pagar, evidentemente, os 117%. Se isso ocorrer, teremos a
certeza de que não só o
adiamento da discussão desse Veto tinha esse objetivo como, também, a Casa vai colaborar com o
Executivo na busca dos recursos necessários para pagar o seu funcionalismo. Encaminhamos
nessas condições, no aguardo, Ver. João Motta,
de que, efetivamente, essa solução oportunizará a que o
Executivo volte a sua
atenção ao problema do funcionalismo. Recursos em fevereiro sobrarão, em fevereiro, recursos para pagar o funcionalismo e para começar
as obras que esta Cidade está a necessitar. Isso nós sabemos de
cor, grande parte dos contribuintes estão pagando os carnês na integralidade, não estão
indo para o parcelamento, estão pagando adiantadamente. O Secretário da Fazenda
retornará das suas férias com os cofres do Município tranqüilos. Não pelas providências que tenha tomado durante o seu veraneio, mas
pelas providências decorrentes do bom
contribuinte que é a
população de Porto Alegre. A população de Porto Alegre tem atendido muito bem os cofres municipais. Este ano de 1989 a população compareceu aos cofres
do Município e pagou sagradamente os seus tributos e está fazendo até de maneira adiantada; os carnês que estão chegando em vários locais da
Cidade e já estão
sendo pagos. Fevereiro a Prefeitura tem recursos, e por isso nós apostamos no atendimento, não das reivindicações, porque o funcionalismo não está reivindicando, ele quer apenas que a Prefeitura, que o Executivo, que a Administração do PT cumpra a
Lei. Somente isso. Nenhum favor, nenhum aumento salarial, uma reposição defasada, mas que apenas cumpra a Lei e, cumprindo a Lei, não se está atendendo o funcionário como se deveria
atender, mas já é um avanço. Por isso nós encaminhamos a nossa posição na busca desse entendimento
na certeza de que a Prefeitura, a Administração do PT não venha a essa tribuna fazer discurso vazio. Tem um
grupo muito grande assistindo e que assistiu o pronunciamento da Liderança do PT. Não pode a Liderança do PT fazer um discurso e depois o
Executivo não honrar as decisões da sua Bancada nesta Casa. Por isso nós
esperamos e apostamos na busca deste entendimento, mas que o Prefeito cumpra a Lei imediatamente, a reposição salarial, sancione e ponha em prática
a Lei do Ver. Leão de Medeiros. Por isso a Liderança, a bBancada do PT tem neste momento a nossa
solidariedade na busca de uma solução, mas que, por favor, cumpra a lei.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Ver. Wilson Santos, para discutir.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
funcionários municipais, não lembrava o autor e busquei socorro de alguns outros Vereadores,
mas não descobri, como lembro vou dizer: “Vês, ninguém assistiu o formidável enterro
de tua última quimera, somente a ingratidão, esta pantera, fui tua companheira
inseparável, por isso acostumaste à faina que te espera, o homem que
nesta terra miserável vive como ferra,
sente inevitável vontade de também ser fera, risque um fósforo, ascende o teu cigarro,
o beijo amigo é a véspera do teu escarro, a mão que afaga é a mesma que apedreja, se
alguém causa pena tua chega e apedreja essa mão vil que te afaga e escarra nesta boca que te
beija”. Olhem,.
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários, a incoerência realmente devem doer, como deveria estar
doendo aos funcionários que tiveram aquela mão que afagou, que cortejou durante
a campanha eleitoral,
que era a mesma mão que agora apedrejara e descai o braço algoz sobre os
funcionários. Mas
parece que a luz no fundo do túnel avocada pelo Ver. João Motta, parece que como um relâmpago, dá realmente um sinal, porque
a Bancada do Partido dos Trabalhadores pede o adiamento por uma Sessão, o que indica que vai deitar sobre a matéria, e vai, se não decidir
depois da análise,
por uma decisão justa.
Porque a bimestralidade já é injusta. A mensalidade aprovada hoje ée derrubadao o Veto, jazá torna mais justo. Não vai se votar o adiamento quinzenal que seria
mais justo. Mas pelo menos,
tudo indica que vaião ser pagos os 117%, que iniciou o bimestre novembro/dezembro e que vaião ser pagos em janeiro, inobstantees as
dificuldades que tem o Executivo. Eu
tenho a minha posição
firmada e o fiz anteriormente, mesmo que tenha que recorrer a empréstimo
bancário, a flexibilidade
do Orçamento pelo Pacote Tributário
votado permitirá uma folga em fevereiro,
março, abril, maio e junho e daí, se não for um mar de rosas, pelo menos haverá
as condições ideais de se administrar.
Eu saúdo o bom senso que está imperando com o
adiamento de uma Sessão do Projeto que previa um confisco de vencimento dos trabalhadores municipais. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. José Alvarenga para discutir.
O SR. JOSÉ ALVARENGA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores.
Vou ser bastante breve. Quero dirigir as minhas
primeiras palavras aos companheiros municipários, que, hoje, em grande número, acompanham o
desenvolvimentos
da Sessão. Eu quero
saudar os companheiros municipários que souberam ver a tempo que a maior garantia de
que a Prefeitura e de que a Câmara tem é respeitar os interesses da categoria, exatamente,
uma mobilização permanente. Esta é a maior garantia. A garantia de que mobilizados
vão ver seus interesses atendidos é muito maior do que o que qualquer administração
municipal pode garantir. Os companheiros tem que continuar organizados e
temos a certeza de que, enquanto a categoria estiver lutando, seus interesses vão ser levados em consideração.
Gostaria de alertar que todos os problemas que levaram a Prefeitura a apresentar as propostas que
apresentou e a vetar os projetos que vetou e continua penrdurando. São problemas econômicos sérios e que continuam
ainda de pé.
O Sr. Isaac Ainhorn: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Quero dizer que saúdo esta iniciativa a partir das
gestões e
sensibilidade do PT que percebeu que a Câmara, sob hipótese alguma, aprovaria as propostas do
Executivo aqui hoje tramitando. O que queremos assistir é que o PT vai cumprir
a lei e pagar os
funcionários em dia.
O SR. JOSÉ ALVARENGA: Gostaria de chamar a atenção de
que o Ver. Isaac Ainhorn cometeu um grande equívoco: não foi a Câmara de
Vereadores que garantiu que possam receber os 117%, porque esta mesma Câmara acolheu as propostas de arrocho do Prefeito
Collares. Quem garantiu que os companheiros pudessem receber os 117%, o aumento mensal e a antecipação quinzenal, como na maioria
das Prefeituras do PT se recebem aumentos mensais, conforme índice do DIEESE, nós vamos trabalhar
para que isso aconteça em Porto Alegre, foi a mobilização dos companheiros. Os companheiros não podem ficar em casa esperando que os partidos aqui resolvam os seus problemas.
São os próprios companheiros, mobilizados, que podem resolvê-los, pois os companheiros sabem muito bem que os
mesmos partidos que, hoje, se dizem amigos dos municipários, em outros momentos, arrocharam e apoiaram políticas esdrúxulas de arrocho e de saque aos salários dos companheiros. Esta é a verdade que o Ver.
Isaac Ainhorn tem que admitir. Nós achamos que, para solucionar estes problemas, que continuam de pé, a categoria municipária, o
povo de Porto Alegre, os partidos, a Prefeitura Municipal, têm que buscar outra solução. O
que nós precisamos enfrentar é o juro de 55% que o Governo do Estado cobra da
Prefeitura, pois ela pediu 100 milhões no início de janeiro e
vai ter que pagar 155 no final do mês. O juro que cobra o Governo Federal, pois é esta a mesma política
que exerce o Banco Meridional. Além disto, quem tem que prestar contas pela péssima
condição financeira em que ficou a Prefeitura são os milionários desta Cidade. A solução
para atender a estea reivindicação que ora discutimos, como todas as
outras reivindicações
dos municipários e justas reivindicações dos trabalhadores, está no enfrentamento aos Vverdadeiros problemas da Prefeitura, que são anos e anos sem cobrar
impostos dos milionários desta Cidade. Eles vão ter que pagar, para que os
companheiros possam receber e para que a Cidade tenha todos os serviços que ela merece.
Finalmente, esta tarde de hoje acho que é
uma tarde vitoriosa para
o Partido dos Trabalhadores. Vejo, nas galerias, vários companheiros, filiados
ao PT, que se mobilizam
para apoiar este luta da categoria. A retirada desse Projeto, a retirada dos
Vetos coroa, mais uma vez, o PT, que não poderia, neste momento, lançar uma marncha sobre uma trajetória de luta inquestionável, a que vários Vereadores já fizeram referência neste Plenário. Acho correta a
retirada dos vetos, e da proposta da Prefeitura e, brevemente, baseados na mobilização da categoria, certamente, vamos poder
solucionar, de forma definitiva, todos esses problemas. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Dilamar Machado.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores.
Praticamente retomo, neste momento, a tese de que levantei no primeiro momento da Sessão de ontem, quando vim a esta
tribuna e solicitei aos companheiros da administração do Município, que
retirassem o projeto que a Prefeitura
havia encaminhado, castrando o direito dos funcionários do seu reajuste de 117%, porque esta Casa não iria
aprovar este Projeto.
Eu fiz isto da forma mais honesta, porque entendo que a palavra parlamento não
existe na vida de todos nós, políticos, por acaso; ela tem origem no latim “parlare”, parlamentar é falar, conversar,a dialogar, normalmente,
de preferência, sem agressão, sem
equívoco, sem radicalismo, sem se fixar em fatos do passado,
quando estamos diante de um fato do
presente. Se partíssemos para o aspecto demagógico, Ver. Gregol, e lembrar
o que aconteceu ontem, chegaríamos ao estágio de exacerbação que nada
somaria para Porto Alegre. O que
queremos, Vereadores da Cidade, é que Porto Alegre seja uma Cidade pacificada,
que progrida, que tenha obras, e que seu povo tenha melhores condições de vida, e dentro do contexto de povo,
incluímos de forma objetiva e definitiva, o funcionário público municipal, os nosso operários, os técnicos administrativos, científicos, cargos de confiança, em nfim aquelas pessoas, homens e mulheres, que passam
o mês trabalhando, e que no fim do mês precisam receber o seu salário, indiscutivelmente um funcionalismo mal pago
historicamente, mal pagos
na atualidade. Agora, o
mínimo que eles estão alcançado no final desta negociação é que vão receber o
reajuste atrasado, 90 dias depois – não é reajuste, é atualização de vencimentos com base
na inflação, é pouco, nós sabermos, mas é o que é possível fazer. Não há a menor dúvida que foi a Câmara Municipal
como um todo que adquiriu estse objetivo. A retirada do projeto fica claroo, fica implícito que a Administração do Município
ao retirar o Projeto,
fê-lo de forma digna,
honesta, correta, não há vencido e nem vencedor, apenas um decisão inteligente
de retirar o projeto que seria fatalmente derrotado. É provável que, amanhã ou depois, na semana que
vem, ou mês que vem a Prefeitura nos mande outro Projeto, quem sabe mais
discutido, mais real,
mais plausível, discutido principalmente com a liderança dos municipários, porque a nós, Vereadores, fica muito difícil, representando a Cidade, nós nos posicionarmos contra os interesses de quem representa os
municipários, que é o seu Sindicato, é a Associação do DEP, do
DMAE, e a Associação
do Pronto –Socorro, que passa por extremas dificuldades. Eu coloquei, ontem, o pedido de
retirada e já dizia o Ver. Clóvis Brum queque eu,
particularmente,
o constatei que a Bancada do PDT
não votaria favoravelmente aà extinção do DEP, mas por que extinguir o Departamento de Esgotos Pluviais?
Principalmente sem ouvir os seus servidores?. Não há por que extinguir o DEP, devemos mantê-lo agora que tem
recursos através de uma taxa que nós criamos, uma taxa de esgotos pluviais que vai dar condições ao DEP de continuar
o seu trabalho, agora com recursos, e eu,
que conheço o DEP, Ssei que vai fazer muito por esta cCidade.
O Sr. Clóvis Brum: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Dilamar Machado, em
primeiro lugar, a concordância das Bancadas de Ooposição à Administração do PT concordaram com a retirada da discussão por uma Sessão, do Veto, na certeza de que o PT, a Administração Popular também não
só atenda os funcionários, cumpra a Lei, como também não tome mais decisões silenciosas como foi a tentativa de buscar na Justiça, sem
informar a população,
sem informar aos seus funcionários, aos seus trabalhadores a
inconstitucionalidade da lei do reajuste bimestral que vigora hoje. Nós estamos tentando, transparentemente, dar um voto, uma oportunidade para que a Administração do PT; realize, execute, ponha em prática a lei que
assegura os reajustes agora, reajustes mensalis com o Projeto de Leio do Ver.
Leão de Medeiros. Mas
que fique bem claro que, rigorosamente, que nenhum, nem o Veto, nem os Projetos
que se votassem , hoje, seriam aprovados. Não restaria outra alternativa, Ver. Dilamar Machado, se não a retirada, não para ganhar tempo, mas para apresentar à Casa e aos trabalhadores da Prefeitura, propostas concretas discutidas áà luz do sol e não no sub-mundo do silêncio.
O SR. DILAMAR MACHADO: Eu agradeço a V. Exª e quero conceder o aparte solicitado pelo nobre Ver. Vieira da Cunha. Eu vou concluir, Vereador, dizendo que o meu ponto de vista, apesar de algumas posições radicalizadas, eu até entendo algumas posições de
alguns companheiros que vem a tribuna com um pouco de pressa, que isso é natural na política. Agora eu digo com a
tranqüilidade de quem já passou mais da metade da vida dentro dos parlamentos
dos partidos políticos, embora sempre no mesmo partido, sempre
dentro da mesma idéia,
de quem já participou da Administração
Collares, eu acho que o final dessa
reunião com esta decisão tomada pela Bancada do PT, é um final que soma para esta Casa, para Porto
Alegre, e fundamentalmente,
para a classe política. Nós somos, aqui, entes políticos, não estamos aqui brincando, não estamos
aqui fazendo experiências, a nossa visão a um processo social que é muito maior
que o problema que enfrenta hoje o
funcionalismo da Prefeitura ou a própria Prefeitura. É um processo social que envolve o povo brasileiro, mal pago, sem ter onde
morar, sem ter saúde, sem ter perspectiva de vida e tendo pela frente um Governo
que embora democraticamente eleito, não tem nada a haver com o pensamento político
do Rio Grande do Sul, e que irá assumir no dia 15 de
março, nós temos grandes batalhas pela frente. Mas, nesse momento, eu considero
que ninguém sai derrotado, mas ninguém sai vencido.
Acho que todos nós colhemos nesta tarde a s experiências de cada um e a
certeza de que os funcionários saem daqui pelo menos com o objeto maior da sua
luta, que é receber o aumento que a lei manda, e receber antes do dia 31 de janeiro! E mais,
o DEP continuará vivo e se depender da Câmara Municipal de Porto Alegre e da Bancada do PDT, o Departamento de Esgotos Pluviais, como Departamento, continuará prestando os melhores serviços à Cidade
de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Sobre a mesa, Requerimento do Ver. João Motta, solicitando que o Veto dao PLL nº 166/890 tenha adiada a sua discussão por
uma Sessão.
Em votação. (Pausa.) Encaminha o Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Na sexta-feira à tarde quando davam entrada nesta Casa, os Expedientes do Executivo
Municipal, eu dizia ao jovem Humberto, repórter da Zero Hora, que a matéria toda seria rejeitada e que os Vetos seriam derrubados. Por uma sensibilidade do Executivo Municipal, os Projetos
foram retirados, porque era flagrante, era claro que teríamos derrubado todos eles. E,
por essa mesma sensibilidade que foi demonstrada pela Bancada do PT é que vamos encaminhar
favoravelmente o
adiamento da votação desse segundo Veto que, tenho absoluta tranqüilidade, seria derrubado
por nós. Mas, esse nosso encaminhamento favorável se fez porque, dentro do que colocou aqui o
Ver. Antonio Hohlfeldt, queremos dar uma oportunidade ao Executivo. Se existe a
Lei Complementar
nº 63, de 11 de janeiro, que determina que o ICM seja pago semanalmente, no
segundo dia útil de cada semana, vale dizer a cada terça-feira, se o IPVA é creditado
imediatamente à conta da Prefeitura, e todos nós os trabalhadores brasileiros lutam
para que se tenha pagamento não quinzenal, mas semanal, se esta Casa já paga os seus funcionários e os
seus Vereadores quinzenalmente, se a Prefeitura Municipal desde a minha administração paga os
trabalhadores quinzenalmente, é justo, é certo, que a Prefeitura pague a todos os seus servidores. E para que isso ocorra e para que não se diga que
há intransigência de nossa parte porque hoje pela manhã nós dissemos ao Prefeito Tarso Genro que o PDS
está intransigente na derrubada das leis e também na derrubada dos Vetos, e para mostrar que não temos intransigência, nós também vamos votar favoravelmente, dando oportunidade ao
Prefeito para que encaminhe um Projeto de Lei, dizendo o dia do mês, se dia 12, ou dia 13, e se cair feriado o que acontece, quando pagará, se é os 40% que o Ver. Mano José e é o que a Câmara faz, se no dia 27, se no dia
29, se no dia 30, se no último dia do mês, que ele
defina em lei e para isso ele tem tempo bastante, porque, evidentemente, o adiamento por uma Sessão e como hoje se encerra a cConvocação eExtraordinária este adiamento pode ir até o dia 1º de março quando se reúne a Câmara novamente. Nós encaminhamos
favoravelmente, sentindo os anseios do municipários, sentindo os posicionamentos do Vereadores,
encaminhe um Projeto de Lei dando mais força ao Projeto de Lei do Ver. Mano José, agora definindo
as datas. Esperamos que o Prefeito encaminhe um projeto de lei com datas definida e quando irá cumprir o
pagamento quinzenal. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha, pelo PMDB, Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. O nosso encaminhamento é
favorável até porque não havia outra alternativa para a Bancada do PT, se não
solicitar junto aàs demais Bancadas com assento na Casa a possibilidade desse
adiamento. Até o adiamento dependeria das demais Bancadas. Não digam depois que o nosso discurso é o fácil
discurso. É a crítica pela crítica. Não. Há momentos em que nada temos a nível de Administração Popular, temos
procurado o entendimento, viabilizando as saídas para essas situações
emergenciais. Pois muito,
antes, nobre Ver. Luiz Braz, da Liderança do PT procurar esta saída, este Vereador, juntamente com o Ver. Adroaldo Corrêa e a Direção Legislativa da
Casa, já buscávamos uma saída objetiva. Não aquela do discurso do
Ver. José Alvarenga, de que quando a Prefeitura de Porto Alegre, a
Administração do Prefeito Olívio Dutra cobra em BTN fiscal o IPTU, quer que a
Prefeitura pague ao BANRISUL, segundo a correção. Bom, até admito que a Prefeitura de Porto Alegre vá mal, muito mal. Nós querermos que
ela vá bem. Nós
queremos que ela melhore. Agora, admitir que o PT queira quebrar o Banco do
Estado do Rio Grande do Sul é demais! Deixar a Cidade na escuridão, cheia de
buracos, com esgoto a céu aberto,
deixar a Cidade com uma frota de ônibus transformada na pior sucata que esta Cidade
já presenciou, é problema do PT. Agora, inviabilizar o Banco do
Rio Grande do Sul,
já é uma pretensão em uma demasia exagerada. Fizeram o que fizeram num ano aqui na Cidade.
Agora, inviabilizar o Banco do Rio Grande do Sul que custou muito sacrifício, para o
Governador Simon para recuperá-lo., Nnão! Istso, não vão conseguir.
Voltamos ao pedido da Bancada do
Partido dos Trabalhadores. Sim, Ver. Adroaldo Corrêa, nós temos feito um
discurso contundente, temos feito um discurso de cobrança. Mas também temos nos aliado à Bancada de V. Exª e aà Administração do Prefeito Olívio Dutra, muito mais
pela Cidade, muito mais pelos problemas do que
pela coloração
partidária. E evidentemente que a nossa posição não é uma posição de unidade, mas é uma
posição de entendimento. Esta Cidade tem que ser administrada. Está mal administrada e eu venho cobrando isso.
Está mal? Não, eu
diria muito mal administrada .
Há falhas clamorosas. A verdade do Ver. Antonio Hohlfeldt começou a aparecer, a verdade que diziam que era uma verdade
silenciosa começou a aparecer, começou a ser estampada publicamente, mas, por favor, se temos dificuldades administrativas, vamos nos somar, sim, temos responsabilidade com a vida desta
Cidade, somos Vereadores desta Cidade. Não pense o Prefeito Olívio Dutra ou o Prefeito Tarso Genro que
os Vereadores das outras Bancadas são indiferentes com os problemas da Cidade. Talvez o adiamento não
agrade o Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura, talvez o adiamento não seja a melhor saída, mas o Sindicato tem que
entender as
dificuldades que estamos vivendo hoje. Há pouco, aprovamos o Projeto,
reaprovamos o Projeto
do Ver. Leão de Medeiros, rejeitamos o Veto do Prefeito,. Iinstituindo a Lei que estabelece o reajuste mensal. Esse tempo que estamos
oferecendo aà Bancada do PT e aà Administração Popular, rogamos a consciência dos
responsáveis pela administração desta Cidade não seja em vão. Ora, se hoje já não passava nenhum Projeto, se
hoje se rejeitavam os Vetos do Prefeito, evidentemente, Srs.
Presidente, Srs.
Vereadores, que digo às Lideranças dos Trabalhadores Municipais, as nossas soluções são transparentes, são claras e objetivas, estamos dando, nesta tarde, uma oportunidade a
que a Bancada do PT e
que a Administração Popular volte a apresentar uma proposta coerente com a sua
prática política, coerente com seu discurso político, coerente com as suas promessas eleitorais. É só isso que esperamos que a Bancada do
Partido dos Trabalhadores e que a Administração do Prefeito Olívio Dutra do PT cumpra e principalmente e com, um alerta a que o vVice-pPrefeito Tarso Genro, tido como coordenador político do Executivo desempenhe o seu papel com mais eficiência. Por favor, não entre
na Justiça noa caladoa na noite contra os trabalhadores. Costumo dizer no
sub-mundo do silêncio; não traia os trabalhadores, que se possa ter um debate
transparente. Votamos facilitando a retirada estratégica da aAdministração do PT, mas quando voltaremos para a discussão, tragam coisa boa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o PTB vem à tribuna para fazer uma saudação muito
especial à liderança sindical na figura do Sr. Darvwuin. Digo isto porque ontem, quando fuoi sugerido que o projeto fosse retirado, a liderança sindical dos municipários disse para todas as bBancadas que preferia que o projeto continuasse na Casa e
foi ouvido por todas as bBancadas. Hoje pela manhã, o Prefeito em exercícios, Tarso Genro, quando se reuniu no gabinete da Presidência com as lideranças da Casa
ouviu da bBancada do PTB que os 117% ésão negociávelis. Não adianta retirar os pProjetos da Casa para tentar negociar os 117%. É a mesma posição que tem a
Liderança dos Municipários. Jamais concedeu negociação, conversação, com relação os
117%. Este item é intocável, os outros podem ser conversados : o mensalão, o pagamento quinzenal, tudo pode ser conversado e nós entendemos esta
retirada da Bancada do PT, com relação aos projetos, como uma possibilidade de conversação em relação aos outros
itens. Este item, todos os municipários e todas as Lideranças da Casa, tenho certeza
absoluta, têm como inegociávelis, os 117%, que não é nenhuma
reivindicação, como
já foi colocado desta tribuna, dos municipários, é apenas uma obrigação da
municipalidade de cumprir com a legislação. E é por isto mesmo que, mais uma vez, a Bancada
do PTB faz questão de realçar que, desta vez, realmente, os municipários têm uma grande liderança e
esta Liderança está sendo ouvida por todas as Bancadas desta Casa e, por isto mesmo, os
encaminhamentos chegam a bom termo e também, por isto os municipários vão ter
os seus 117% de
reposição e ainda por isto, eu tenho certeza de que as conversações a respeito
do mensalão, que é o
Projeto do Ver. Leão de Medeiros, e da quinzenalidade, que é Projeto do Ver. Mano
José, também vão
chegar a bom termo. Boas lideranças chegam, realmente, a boas conclusões. Obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra ao Ver. Vieira da Cunha.
O SR. VIEIRA DA CUNHA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, funcionários Municipais que, mais um vez, nos honram com sua presença, quero, em
nome da Bancada Majoritária
nesta Casa, o PDT, encaminhar favoravelmente o Requerimento apresentado pela
Liderança do PT, no sentido do adiamento do Veto ao Projeto de Lei que
estabelece antecipação
quinzenal de vencimentos aos servidores do Município. Parece oportuno que façamos, neste momento,
uma apreciação, do que representou, afinal de contas, esta Convocação Extraordinária
da Câmara de Vereadores.
Nós tínhamos para votar dois Vetos, e três Projetos, e o saldo final é o
seguinte: um Veto rejeitado, um Veto adiado, e três Projetos retirados.
Portanto, Srs. Vereadores, colegas Vereadores, a
Convocação Extraordinária apresenta como saldo definitivo apenas a rejeição de um Veto do
Sr. Prefeito, exatamente,
o Veto que se referia ao problema do reajuste dos municipários. Daí, porque, é correto concluir que, mais
uma vez, o Poder Legislativo desta Casa cumpriu com o seu papel, tanto é assim que ousamos
subir a esta tribuna para encaminhar favoravelmente ao adiamento de uma outra conquista necessária dos servidores, que é referente aà antecipação quinzenal de seus vencimentos, com a
consciência de que o passo principal foi dado hoje, qual seja, o de garantir
aos municipários a
reposição mensal dos seus vencimentos, e mais, o que pode ter passado desapercebido à maioria dos Ssenhores: este Projeto de Lei, cujo Veto acabamos de
derrubar, estabelece, no seu artigo 2º, artigo este originário de uma emenda de autoria
do PDT, aprovada nesta Casa, estabelece que o reajuste bimestral, relativo a novembro/dezembro,
de 117%, tenha que ser pago até 31 de janeiro destae ano. Não há, portanto, espaço para discussão de calendário, ou de escalonamento do pagamento da diferença devida do último bimestre de 1989,
porque a mesma lei, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, recebeu Emenda da
Liderança do PDT, aprovada no conjunto do Projeto, no sentido de que a bimestralidade de novembro e
dezembro tem que ser
paga até o dia 31.12. de dezembro de 1990. Permanecerão duas discussão nesta Casa: a
primeira relativa à antecipação quinzenal. Esperamos
que os municipários e o Executivo venham a esta Casa na ocasião oportuna já com o acordo realizado a respeito deste tema; e o segundo projeto importante é o que trata da
extinção do DEP – Departamento Departamento de
Esgotos Pluviais. Quero dizer aos
funcionários que sobre este Projeto de Lei fui incumbido de fazer o Parecer, de fazer o Relatório.
Neguei-me a examinar o mérito do Projeto, porque, na verdade, não se trata de um Projeto de
Lei, mas de uma mera declaração de
intenção, na medida em que o Executivo
busca uma simples autorização da Câmara para extinguir o DEP, mas não diz o
que será feito dos seus funcionários, do patrimônio, da estrutura e tudo mais do atual
Departamento de Esgotos Pluviais. Não podemos ser irresponsáveis de dar o
nosso voto favorável
a um Projeto oco, sem conteúdo algum como este que
veio a esta Casa.
Portanto, concluo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, para dizer que o
saldo de tudo isso foi positivo, os servidores terão os reajustes mensais agora
a partir de janeiro e
terão também assegurada a data de 31 de janeiro como data máxima para receber
os 117% a que têm direito. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Omar Ferri.
O SR. OMAR FERRI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nesta Casa, hoje, me permiteo fazer uma análise para dizer que o que aqui ocorre, nesta tarde, é
um fato extraordinário, que me faz pensar muito. Vejam que o PT, que vinha travestindo-se de como um partido que tradicionalmente vinha defendendo a classe trabalhadora, chega ao poder e toma toda uma série de medidas prejudiciais às classes trabalhadoras e aos funcionários do Município de Porto Alegre. Incrivelmente o partido que
vinha sendo culpado, pelo menos a nível federal, de ser o maior responsável pelo arrocho salarial da História do Brasil, que é o PDS ou ARENA, lá sei eu, eles mudam de
nome como camaleão
muda de cor – desculpem o termo, mas é verdade; e o PDS vem defender o
interesse da classe trabalhadora. Reconheço isso como uma homenagem à realidade, como uma homenagem
à verdade. Por isso é incrível, algo extraordinário está ocorrendo no Município der Porto Alegre.
Ora, em primeiro lugar, a minha
“numerosa” bBancada concorda com as retirada, por um dia, a
apreciação pela
Câmara do Veto ao
Projeto de Lei, por um dia, da
apreciação pela Câmara do Veto ao Projeto de Lei, de autoria do Ver. Mano José. Tomara que retirem o
Veto também. Não só a retirada de um
dia, como também a retirada do Veto, como retiram o Projeto do reajustamento
diferenciado. Mas, vejam o que iria
acontecer com o Projeto de reajustamento diferenciado: nesse demonstrativo, nessa proposta à sociedade
que consubstancia medidas de saneamento
financeiro – fui buscar isso, pois tinha lido em algum
lugar e o Ver. Antonio Hohlfeldt me auxiliou - que diz, em sua letra “c”: “a partir de
abril de 1990 todos os servidores passam a receber reajuste mensal dos salários, como os índices integrais,
garantindo o reajuste bimestral, previsto em março”.
Quem garante que o Município fará isso? Na letra “d”: “em qualquer época do ano, a partir de fevereiro de 1990, em que a média das despesas dos últimos
nove meses alcançar a 75% da receita, iniciar-se-á o
processo de negociação salarial das perdas da categoria”. Quem garante aos funcionários,
a nesta Casa que a Administração
Municipal irá,
concretamente, cumprir preceitos que moralmente se obrigou, se já não cumpriu os preceitos da campanha política.? Por que não colocaram isto na Lei? Deste reajuste que baixou de 117% para 75%, daá para se acreditar, Ver. Antonio Dib.? Isto está acontecendo hoje em Porto Alegre, e tenho que dar razão ao Ver. Vieira da Cunha. Este
Projeto de Lei que
autoriza a extinção
do DEP, e a transferência suas atribuições para o DMAE, não deé um Projeto de Lei. Vejam bem, agora fala um advogado, isto aqui não é, nunca foi, nunca será e nuca virá a ser um Projeto de Lei. Porque uma Lei tem que ter caráter imperativo e esta não
tem, o Viera da Cunha tem razão, é apenas uma declaração de princípios, vejam bem, ficam o Executivo Municipal autorizado
a adotar providências, a Câmara não íia aprovar este absurdo. A Câmara Municipal
transfere ou não transfere, o Prefeito Municipal fica autorizado a transferir ou não transferir.
Nunca adotar as providências no sentido de extinguir o Departamento de Esgoto Pluviais. Art. 3º: fFica estabelecido ao eExecutivo o prazo de 60 dias para enviar projeto de
lei que regularmente as
novas estruturas, transferência de pessoal e patrimônio.Não acredito, que o PT votasse nesse Projeto de Lei, porque o Sr. Prefeito
não dá desde logo as
garantias. Aqui não tem garantia nenhuma. Enviar Projetos de Lei que
regularmentem as novas estruturas de transferência de pessoal e patrimônio, assim como indicar os recursos necessários para viabilização dessas
medidas. A Câmara não
poderia aprovar este despropósito jurídico, este mostrengo jurídico, pior de tudo, Sr. Presidente, que o PSB vinha votando com a
Administração Popular,
Sr. Presidente, sem nunca ter pedido nada, sem nunca ter requerido nada, e agora de
repente o Partido Socialista Brasileiro chega aà conclusão que a Administração do PT perdeu a credibilidade.
Vão dizer que o PSB está fazendo uma denuúncia, ou está acusando, não, Sr. Presidente, Srs. Funcionários, o PSB apenas não crê mais, não se convence mais
dessa Administração, não acredita que a Administração chegue, como vai, a bom termo, principalmente se
assinalarmos os exemplos que estão ocorrendo: o Partido que sempre atacou o arrocho
salarial, vem aplicar medidas de arrocho salarial! Não contém, Sr. Presidente,
não contém, a Bancada do PT, com o apoio da Bancada de esquerda e revolucionária do Partido Socialista
Brasileiro. Sou grato.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha, o Ver. João Motta.
O SR. JOÃO MOTTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Funcionários, prezado Ver. Omar Ferri, sem dúvidas muitas coisas estão acontecendo neste dia. Por exemplo, acabamos de votar o
adiamento do pProjeto por uma Sessão; acabamos, também de, mais uma
vez, constatar que o PT não é poder, que o PT, apenas, é Governo e isso está
acontecendo neste dia. Está, também,
acontecendo neste dia que alguém, um parlamentar, dito de esquerda, se associa ao coro dos
conservadores para semear e reproduzir
uma cultura anti-PT, que vivemos recentemente nesse longo desfile de propostas que enfrentamos
durante a sucessão presidencial. É lamentável que, dessa forma, acabamos – agora pela esquerda –reproduzindo essa
cultura preconceituosa e descabida contra um partido de esquerda que tenta se
afirmar como uma alternativa nova na sociedade brasileira. Reafirmamos aqui, que o que informa a decisão tomada pela Bancada do
PT e pelo governo Municipal é uma só, é
a busca de soluções para o problema que não faz com que apenas pessoas que
fazem parte deste gGoverno percam o sono e tenham preocupações, mas que toda
essa Cidade e todos esses Vereadores aqui que compõem a Câmara Municipal de Vereadores também passem a solicitarcializar, ou seja, a crise financeira do
Município. Reafirmemos mais uma vez que não vemos outra saída para esta chamada crise
financeira do Município sem que equacionemos também ao mesmo tempo, no mesmo tempo, no mesmo
momento, essa outra discussão, repetiremos a mesma dose de empréstimos junto ao
sistema financeiro no ano de 1990. Não. Essa é a posição do Executivo, essa é a
posição da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Reproduziremos no ano de 1990
aquilo que fizemos no ano de 1989, ou seja: reduzir quase a zero os chamados investimentos na
Cidade para cumprir quase a zero os chamados
investimentos na Cidade para
cumprir com a folha de pagamento. Não. Essa é a posição do governo e da Bancada do
Partido dos Trabalhadores. Gostaríamos de
estar errados nas previsões que fizemos
durante o ano de 1989, quando dizíamos: os custos com as folhas de
pagamento acarretaráão um índice superior aà receita do Município. Afirmo hoje aqui que em pelo
menos 1%, ou seja, 101% da receita pela média é o ônus que arcamos ao
cumprir, ao honrar, com esse compromisso, ou seja, pagar a folha de pagamento do funcionalismo público municipal. Gostaria de dizer que nos meses
de janeiro e fevereiro o recolhimento do ISSQN e do ICMS que significam aproximadamente em 60% da receita do Município
não perdem, mas infelizmente oscilam é há um decréscimo neste
recolhimento. Gostaríamos de dizer que o ISSQN e o ICMS estão oscilando de
acordo com a inflação, mas isso também não é verdade, porque essa oscilação se deve ao movimento geral
da economia, ao movimento geral de consumo. E nós sabemos,: o consumo se reduz nesta época do ano.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fica
aqui, mais uma vez, a posição da Bancada do Partido dos Trabalhadores de que não é compromisso só
nosso de buscar uma saída para este
quadro político, para este quadro financeiro grave, mas é também um compromisso
das Bancadas que compõe a Câmara Municipal, também é um compromisso desta Câmara, deste Instituição,
também é compromisso das diversas entidades que compõem e representam a sociedade civil, construir uma alternativa para
a crise financeira do Município. E que não seja esta alternativa sugerida durante os debates por alguns
Vereadores que
submetem, que impõem ao Município de Porto Alegre um único objetivo, ou seja, o objetivo de
cumprir no final do mês com os direitos dos funcionários. São justos esses direitos. Agora, não abriremos mãos de equacionarmos estes justos
direitos, bem como seu pagamento, o seu cumprimento, com esta outra questão, ou seja, a garantia de investimentos na Cidade
de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não há mais quem queira encaminhar o Requerimento do Ver. João Motta.
Em votação. Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos ao próximo Projeto.
PROC. Nº 0140/90 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 007/90, de autoria da Mesa, que altera dispositivos da Lei Municipal nº 5.811, de 08.12. de dezembro de 1986, reclassificando os cargos de classe de Auxiliar de Portaria e dando outras
providências (Sistema
Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre.)
(
Observação.:
- Independe de Parecer, (aArt. 143 do Regimento Interno.)
O SR. PRESIDENTE: Não havendo quem queira discutir, passaremos à
votação do PLL nº 007/90. (Pausa.)
Convidamos os Vereadores Jaques Machado e Wilton
Araújo para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após proceder à chamada.) Votaram
32 Srs. Vereadores., Sr. Presidente.
(É procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLL nº 007/90, por 32 votos SIM.
Sobre a mesa, Requerimento de autoria do Ver. Valdir Fraga, solicitando seja o PLL nº 007/90 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para
sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Nada mais havendo a tratar, encerro os trabalhos da
presente Sessão.
(Levanta-se
a Sessão às 17horas.)
* * * * *
(Levanta-se
a Sessão às 12h20min.)
* * * * *